segunda-feira, 29 de março de 2010

Pré-candidato a presidente pelo PSL defende privatização total


Extinguir todos os impostos e privatizar tudo: estatais (inclusive Petrobrás), rodovias, unidades de saúde e todo e qualquer órgão ou serviço ligado ao Estado. Essas são as duas propostas centrais do programa de governo do pré-candidato a presidente Américo de Souza (PSL), ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho.Definindo-se como “o candidato da juventude”, ele visitou a Câmara de Osasco, nesta terça-feira (02), e explicou ao Diário seu projeto para que tudo seja transferido para as mãos da iniciativa privada.
“Vamos ter muitos recursos, pois vamos enfrentar de cabeça erguida e defender com muita determinação a privatização”, disparou, acrescentando que as novas estradas construídas serão imediatamente privatizadas. Américo ressaltou que não se preparou para ser apenas candidato a presidente da República, mas para ser “o presidente”: ele acredita que vai chegar ao segundo turno das eleições.
O ministro ressaltou que é o único pré-candidato que preparou pessoalmente e sozinho o planejamento de governo, ao contrário dos outros partidos, que discutem o programa em convenções com a militância e contam com a colaboração de “uns 40 técnicos”. Ex-deputado federal e ex-senador, o “liberal” disse que sua candidatura já vem sendo preparada há muitos anos, sobretudo depois que disputou a vice-presidência na chapa encabeçada por Luciano Bivar (PSL), nas últimas eleições gerais.
A reforma tributária defendida por ele prevê a extinção de todos os impostos, taxas, contribuições e emolumentos: desapareceriam, por exemplo, IPVA, IPTU, ICMS, Imposto de Renda, INSS e FGTS. Com isso, haveria apenas a incidência de 10% sobre o recebimento de qualquer natureza, o “dízimo cívico”. “Teremos arrecadação maior para o Poder Público e uma queda na carga tributária das pessoas físicas e jurídicas, aumentando o poder aquisitivo do povo”, argumentou.
O programa propõe a federalização da educação básica, com ensino de tempo integral e escolas abertas até a meia-noite. O ProUni (Programa Universidade Para Todos) e o Fies (Programa de Financiamento Estudantil) seriam extintos e substituídos por bolsas eletrônicas para o ensino superior, com valores proporcionais ao rendimento do estudante. Além disso, os atuais participantes do Fies teriam suas dívidas completamente anistiadas.
Já para a área da saúde, Américo alegou que seu projeto de privatização de todas as unidades da rede vai permitir a extinção das filas em até 6 meses. “Aqueles que não podem pagar, não pagarão nada: nem remédios e nem atendimento hospitalar”, afirmou.
Guilherme Lisboa
(
politica@webdiario.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog

Blog